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A Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, está promovendo, nos dias 5 e 6 de maio, o Cura Zika Symposium. Durante o simpósio, serão apresentados trabalhos que estão sendo desenvolvidos sobre o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Participam das atividades os pesquisadores Celina Martelli e Ernesto Marques, do Grupo de Pesquisa de Epidemia de Microcefalia (MERG), grupo interinstitucional formado por pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, coordenados pela Fiocruz/PE.
Dentro da programação, a pesquisadora Celina Martelli apresenta a epidemiologia do vírus zika no Brasil e os trabalhos que estão sendo coordenados pelo MERG. Já Ernesto Marques faz uma explanação sobre os anticorpos anti-flavivírus e as reações cruzada, tratando das implicações das doenças, diagnóstico e vacinas. Outros temas do simpósio são sobre a possibilidade da placenta ajudar ou prejudicar os efeitos do zika no feto e sobre as células de defesa da placenta que podem atuar contra infecções.
Ainda durante o simpósio, será lançada a Fundação Cura Zika em Pittsburgh, que busca levantar financiamento e unir esforços entre os pesquisadores para o desenvolvimento de pesquisas para o enfrentamento ao zika. Encabeça a força-tarefa o pesquisador Donald Burke, da Escola de Saúde Pública e diretor do Centro de Pesquisa de Vacinas da Universidade de Pittsburgh.
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Primeiro Estado a verificar a mudança no padrão de ocorrência da microcefalia, e pioneiro na notificação dos casos, na organização da rede de atendimento aos pacientes e nas pesquisas na área, Pernambuco recebeu, nesta terça (03.05) e quarta-feira (04.05), uma delegação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) para trocar experiências sobre o assunto, apresentar a situação atual do Estado e visitar unidades de atendimento. O grupo foi recebido por técnicos e pesquisadores das secretarias de Saúde do Recife e de Pernambuco, além do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAm/Fiocruz-PE), que coordena um grupo intersetorial de pesquisa sobre a relação do vírus zika com a microcefalia.
Vieram ao Estado o gerente da Área de Vigilância, Controle e Prevenção de Doenças da Organização Pan-America da Saúde (Opas/OMS), Marcos Espinal; o coordenador da Unidade Técnica de Doenças Transmissíveis e Analise da Situação de Saúde da Opas Brasil, Enrique Vazquez; o diretor de Estratégias do Escritório da Diretoria Geral da OMS, Christopher Dye; o assessor técnico de Análise de Situação da Opas, Juan Cortez; e o assessor Internacional do Ministério da Saúde, Eduardo Fujikawa. O diretor da Fiocruz PE, Sinval Brandão Filho, recepcionou o grupo na instituição, juntamente com diversos pesquisadores.
O primeiro encontro, na terça, foi no Imip. À tarde, a comitiva esteve no Aggeu Magalhães, onde o grupo conheceu o estudo de caso-controle, que compara um grupo de crianças, nascidas vivas ou mortas, com microcefalia e outro grupo formado por meninos e meninas sem essa malformação congênita. Os pesquisadores da UFPE e UPE, Ricardo Ximenes e Thália Barreto, que integram o Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG), fizeram a apresentação. Também foi apresentado estudo sobre a possibilidade do mosquito Culex quinquefasciatus também ser vetor do vírus zika. Os visitantes ainda conheceram o insetário da instituição e outros trabalhos relacionados ao zika.
Na quarta, o grupo também esteve no Hospital Barão de Lucena, unidade de referência ao atendimento às crianças com microcefalia e onde o MERG realiza a investigação dos casos de microcefalia (caso-controle). Também houve acompanhamento de ação de campo para controle vetorial no distrito sanitário IV do Recife (Zona Oeste).
Em fevereiro, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, também estiveram no Estado para debater sobre o tema com os pesquisadores.
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Bill e Melinda Gates promovem, nesta sexta-feira (8.04), na Bio-Manguinhos/Fiocruz RJ, uma oficina sobre os desafios do Brasil frente ao vírus zika. O encontro reunirá pesquisadores de diversas instituições nacionais e internacionais e objetiva explanar sobre a situação epidemiológica atual do país nos casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e da microcefalia, além de fazer uma análise dos estudos que estão em andamento.
Haverá um momento para explicitar as investigações em curso pelas instituições e os pesquisadores irão debater quais perguntas poderão ser sanadas a partir dos esforços atuais dos trabalhos da área. Do Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG), formado por especialistas de diversas instituições, participará o infectologista Demócrito Miranda, da Universidade de Pernambuco (UPE).
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A Davis University of California, nos Estados Unidos, promoverá, no próximo dia 26 de maio, uma extensa programação para abordar a situação do zika vírus no mundo e os riscos que a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti podem trazer para a população. As atividades serão abertas para a comunidade acadêmica e para a população interessada. O professor Walter Leal, do Departamento de Biologia Molecular e Celular da universidade, participa da organização do evento juntamente com 15 estudantes.
Entre os convidados para se apresentar, está o doutor em epidemiologia e professor da Universidade de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ricardo Ximenes, que compõe o Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia, grupo interinstitucional formado por pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, coordenados pela Fiocruz/PE. Ele fará uma exposição, via webconferência, sobre a situação da microcefalia no Brasil, que detectou a mudança do padrão da ocorrência da doença a partir de outubro de 2015.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os Estados Unidos já relataram infecção pelo zika vírus por via sexual e um caso de microcefalia ligado à estada da mãe no Brasil.
Maioria das mães de crianças com microcefalia notou sinais de zika durante a gravidez, aponta estudo
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Um estudo do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (MERG), publicado em uma revista científica do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, apontou que, de 100 mães de crianças com microcefalia entrevistadas no Estado de Pernambuco, 59 notaram a presença de exantema (erupção cutânea) durante a gravidez, sintoma comum em pessoas infectadas pelo vírus zika. A pesquisa "Microcephaly in Infants, Pernambuco State, Brazil, 2015" está disponível na versão online da publicação Emerging Infectious Diseases (DOI: 10.3201/eid2206.160062) e no site do MERG.
O MERG é um grupo formado por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco – Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz/CPqAM), da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), do Ministério da Saúde, do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), da Universidade Federal de Pernambuco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco, da Universidade Federal da Fronteira Sul, da Universidade de Pernambuco, do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde e da London School of Hygiene & Tropical Medicine.
Das 104 crianças analisadas na pesquisa, 70 apresentaram microcefalia grave, com um perímetro cefálico em média de 29 cm – tamanho inferior ao usual, conforme os parâmetros da Opas/OMS para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação (igual ou inferior a 31,9 cm para menino e igual ou inferior a 31,5 cm para menina).
Além desta pesquisa descritiva, está em andamento, desde dezembro de 2015, outra análise do MERG: o estudo caso-controle, que busca identificar a associação entre microcefalia e potenciais fatores de risco.