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Representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) estão no Recife dando apoio técnico ao Grupo de Pesquisa de Epidemia de Microcefalia (MERG) nas suas atividades. O intuito dos encontros, que estão ocorrendo no Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE) desde o dia 28.03, e seguem até 08.04, é apoiar a consolidação e análise das informações disponíveis até o momento com vistas à divulgação de resultados preliminares relacionados à associação entre a infecção pelo vírus Zika e a microcefalia. Participam das reuniões o coordenador de Unidade Técnica de Doenças Transmissíveis e Análises de Situação de Risco da Opas, Enrique Vasquez, e o assessor técnico de Análise de Situação da Opas, Juan Cortez.

O objetivo do projeto é verificar a relação de doenças infecciosas e de fatores genéticos e ambientais com a microcefalia. O estudo utilizará o método de caso controle, comparando um grupo de crianças, nascidas vivas ou mortas, com microcefalia e outro grupo formado por meninos e meninas sem essa malformação congênita. A pesquisa é realizada por um grupo interinstitucional, formado por pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, coordenados pela Fiocruz/PE.

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O Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (MERG) participou, em Brasília, do lançamento do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia, que terá um investimento de R$ 1,2 bilhão pelo Governo Federal. A cerimônia ocorreu no dia 23 de março no Salão Nobre do Palácio do Planalto e contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Marcelo Castro. Do MERG, participou a pesquisadora-visitante da Fiocruz-PE Celina Turchi, responsável pela coordenação do grupo interinstitucional.

Durante a cerimônia, o Governo Federal anunciou a liberação de R$ 649 milhões para ações do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia até 2018. Já para o desenvolvimento de pesquisas, produção e comercialização de novas tecnologias serão R$ 550 milhões, disponibilizados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo a presidenta Dilma, o objetivo “é avançar no conhecimento sobre o vírus zika, na oferta de diagnósticos, na oferta de vacinas e na oferta de medicamentos”. Ela ainda destacou a rápida resposta do Brasil aos primeiros casos de microcefalia e aos trabalhos de pesquisa que estão sendo produzidos na área. “É algo que nos orgulha muito: perceber o quanto é reconhecida a competência dos pesquisadores brasileiros pelos órgãos internacionais de pesquisa nesta área. As pesquisas e os trabalhos pioneiros produzidos e publicados em ritmo acelerado - e com qualidade inquestionável - colocam o Brasil no centro das atenções da comunidade científica internacional”.

Pesquisadores de todo o mundo estiveram reunidos em Genebra, entre os dias 7 e 9 de março, durante a Consulta Global sobre a Investigação Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. O evento da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi a primeira oportunidade internacional para que os especialistas que estão debruçados sobre o tema pudessem trocar experiências, fazer um balanço das atividades atuais, identificar as áreas que precisam de maior atuação e traçar estratégias de ação para desenvolver novos conhecimentos e tecnologias relacionadas ao Aedes aegypti e à microcefalia.

A pesquisadora-visitante da Fiocruz-PE Celina Turchi, responsável pela coordenação do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (MERG), participou do encontro em Genebra. Ela fez uma apresentação sobre as características epidemiológicas atuais, cronograma de eventos e as principais preocupações relacionadas ao vírus zika. A pesquisadora trouxe um histórico sobre a descoberta do zika e sobre a mudança no padrão de ocorrência dos casos de microcefalia no Brasil, informando sobre os protocolos criados, a situação atual do país e as atuais evidências relacionadas à doença. Além disso, foram apresentados os eixos de pesquisa do MERG.

A apresentação do MERG no evento, além das demais, podem ser vizualizadas AQUI

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Cientistas do Brasil e da América Latina estão reunidos, esta semana, na unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, para harmonizarem os protocolos de pesquisas que tratam da epidemia de zika nas Américas. Dentre os protocolos estão os Estudos de casos-controles da microcefalia no Brasil; os de coorte das gestantes com exantema; os de coorte das crianças com microcefalia; os de transmissão sexual do vírus zika e as de manifestações neurológicas.

Também presente ao encontro os representantes da Organização Panamericana de Saúde/ organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Sylvian Aidighieri,chefe da Unidade de Alerta e Resposta Epidemiológica do escritório central da OPAS/OMS em Washington (EUA) e Enrique Vasques, que ocupa o mesmo cargo para a America Latina, que vieram acompanhar as atividades desenvolvidas pelo Microcephaly Epidemic Research Group (Merg), grupo coordenado pela Fiocruz Pernambuco, que se dedica as pesquisas clínicas e epidemiológicas envolvendo o vírus zika.

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Entre as autoridades sanitárias estrangeiras encontra-se Sylvian Aidighieri,chefe da Unidade de Alerta e Resposta Epidemiológica do escritório central da  OPAS/OMS em Washington (EUA) e  Enrique Vasques, que ocupa o mesmo cargo para a America Latina, alem de pesquisadores de países como México, Equador, El Salvador,e Colômbia. As autoridades chegaram na quarta-feira (16/03)  ficam ate a sexta-feira (18/03).

Para o grupo de pesquisadores brasileiro, no entanto, o trabalho começou na terça-feira (15/03) quando cientistas das unidades da Fiocruz em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, que vem desenvolvendo pesquisas de caso-controle para zika, estiveram reunidos por dois dias harmonizando os protocolos de pesquisa da instituição. Esta reunião contou com a participação do vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel, responsável por coordenar os estudos ligados a zika na Fundação​.

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Pesquisadores do Chile, Espanha, Colômbia, Uruguai e Brasil estiveram em El Salvador no início de março participando de missão internacional da Organização Pan-americana da Saúde (Opas/OMS) com o objetivo de trocar experiências sobre as ações de controle do vírus zika no país. O grupo multidisciplinar de especialistas participou de reunião técnica do Ministério da Saúde de El Salvador, visitou hospitais e laboratórios e foi a áreas onde foram registrados casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Do Brasil, participou a pesquisadora Cynthia Braga, do Departamento de Parasitologia do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE) e integrante do Grupo de Pesquisa de Epidemia de Microcefalia (MERG), grupo interinstitucional formado por pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, coordenados pela Fiocruz/PE.

A missão faz parte da estratégia da Opas para ampliar a capacidade dos países de enfrentar o zika vírus e tem sido intensificada desde que a Organização Mundial de Saúde declarou os casos como de emergência em saúde pública com importância internacional. Essa declaração foi feita após a epidemia brasileira e as suspeitas da relação do vírus com os casos de microcefalia e outras associações com quadros neurológicos.

Durante o encontro, foi apresentada a experiência brasileira no manejo dos casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré e trocadas informações sobre os protocolos de atendimentos dos pacientes. Desde os primeiros casos de transmissão do zika confirmados no Brasil, em maio de 2015, até o início de maio deste ano, 31 países e territórios das Américas registraram a presença da doença. Em El Salvador foram mais de 9 mil, além de 138 de Guillain-Barré.

Além da pesquisadora Cynthia Braga, participaram da missão Ximena Aguilera, médica sanitarista chilena e coordenadora das atividades; Javier Pardo Moreno, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Rey Juan Carlos, da Espanha; Angélica María Rico Turca, virologista do Instituto Nacional de Saúde de Bogotá, da Colómbia; Patricia Santa Olalla, especialista espanhola em medicina familiar e comunitária e em saúde pública; e Rodolfo Gomez Ponce de León, assessor do Centro Latinoamericano de Perinatologia da Opas/OMS, com sede no Uruguai, além de representantes do Ministério da Saúde de El Salvador.

* Foto da Opas. 

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