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O Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG) é o vencedor do 17º Prêmio Péter Murányi 2018 - Saúde com o artigo intitulado "Associação entre infecção pelo Zika vírus e Microcefalia: relatório final do estudo de caso-controle". O estudo, publicado na revista científica The Lancet, confirma a associação entre microcefalia e infecção congênita do zika vírus e exclui outros possíveis fatores para a doença, como vacinas e larvicida. A cerimônia de entrega do Prêmio 2018 será no dia 26 de abril, em São Paulo.

O trabalho do Grupo de Pesquisa foi realizado por diversos pesquisadores, sob a coordenação de Celina Maria Turchi Martelli. Além do artigo do MERG, outras duas iniciativas também foram reconhecidas. Em 2º lugar, o trabalho intitulado "Amamentação no Século XXI", do epidemiologista Cesar Victora, ligado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ( CNPq). Em terceiro lugar, "Ensaio clínico de segurança, imunogenicidade e eficácia da vacina contra 4 tipos de HPV", da bioquímica Luisa Lina Villa, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Criada em 1999, a Fundação Péter Murányi tem por objetivo reconhecer e premiar trabalhos que, de forma inovadora, melhorem a qualidade de vida das populações em desenvolvimento.Além de Saúde, são reconhecido trabalhos nas áreas de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Alimentação e Educação. Já o MERG é formado por uma equipe de pesquisadores que está em busca de respostas para os casos de microcefalia registrados no Brasil.

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A pesquisadora do MERG Celina Turchi recebeu mais um reconhecimento internacional. Dessa vez, Turchi está entre as 100 pessoas mais influentes da revista norte-americana Time. Ela é destaque na categoria "Pioneiros". A matéria completa pode ser lida AQUI

O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos (EUA), juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), reuniu pesquisadores de diversos países, em Washington, entre os dias 10 e 11 de janeiro, para discutir a epidemiologia do zika vírus e como está o andamento das pesquisas para elaboração de vacinas contra as arboviroses. Os pesquisadores do MERG Demócrito Miranda, Laura Rodrigues e Ricardo Ximenes participaram das atividades.

O evento, intitulado Consulta Científica sobre o Desenvolvimento da Vacina contra o Zika Vírus, contou com painéis sobre a síndrome congênita do zika, a síndrome de Guillain-Barré e a epidemiologia das arboviroses e casos de microcefalia nas Américas e na Ásia. Em relação às vacinas, foram debatidos métodos diagnósticos e o status das pesquisas.

Pelo MERG, a Dra. Laura Rodrigues falou sobre a zika nas Américas e nas Ilhas do Pacífico. Já o Dr. Demócrito Miranda apresentou dados da síndrome congênita do zika e a importância da vacina nesse contexto.

Entre os participantes brasileiros do encontro, representantes de indústrias farmacêuticas, laboratórios, da Anvisa e do Instituto Butantan.

Durante este mês de fevereiro, pesquisadores do MERG participam de encontros internacionais em Genebra, na Suíça, e em Washington, nos Estados Unidos. Em ambos, serão abordados os casos de microcefalia e os trabalhos que estão sendo desenvolvidos na área.

Na Suíça, onde será realizado o encontro intitulado ZikV Individual Participant Data Analysis, que ocorre entre os dias 14 e 15 de fevereiro, os pesquisadores Thalia Barreto e Ricardo Ximenes irão participar de reuniões sobre as coortes de gestantes e crianças para preparação de uma análise conjunta entre os trabalhos de diversos países.

Já em Washington, de 22 a 25 de fevereiro, a 1° Internacional Conference on Zika Virus pretende apresentar a epidemiologia dos casos de zika e de microcefalia em diversas áreas, além de questões sobre aspectos clínicos das doenças, meios diagnósticos e vacinas. No evento, a pesquisadora Celina Turchi irá apresentar dados sobre o estudo de caso-controle coordenado pelo MERG. Priscila Castanha também participará da conferência.

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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, no último mês de dezembro, Voto de Aplauso à neuropediatra Vanessa Van der Linden, médica que identificou, de forma pioneira, mudanças no padrão da ocorrência nos casos de microcefalia no Estado. O voto foi proposto pelo deputado estadual Waldemar Borges e aprovado em plenária. 
 
Entre os motivos do voto, está o reconhecimento da neuropediatra pelo prêmio Leadership For The Americas Awards 2016 (categoria Equidade Social), entregue em novembro de 2016, nos Estados Unidos. O prêmio tem como proposta destacar lideranças do serviço público em todo o mundo sendo um reconhecimento pelo trabalho realizado.
 
Vanessa e sua mãe, a também neuropediatra Ana Van der Linden, foram as primeiras a dar o alerta à Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre o aumento da ocorrência dos casos de microcefalia. A partir disso, foi iniciada a notificação dos casos em Pernambuco e, posteriormente, no Brasil. O alerta também motivou o estado de emergência nacional e internacional para o zika vírus e a microcefalia.  
 
Atualmente, Vanessa Van Der Linden atende no Hospital Barão de Lucena e na AACD, ambos no Recife, e continua desenvolvendo pesquisas sobre a microcefalia. 

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