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Os doutores Peter Hammond e Mike Suttie, do Nuffield Department of Obstetrics and Gynaecology, da Universidade de Oxford, estiveram em Pernambuco para um treinamento sobre fotos com câmara 3D para fotógrafos e pesquisadores envolvidos com atividades relacionadas à microcefalia. A atividade ocorreu na tarde do dia 26.05, no Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM / Fiocruz PE).
Os profissionais são especialistas em análise de imagens craniofaciais com técnicas matemáticas e computacionais, com ênfase em efeitos teratogênicos e genéticos, que ampliam a qualidade e podem auxiliar na melhora dos resultados das pesquisas. A pesquisa faz parte de uma colaboração para resposta rápida à epidemia de zika prestada pelo Medical Research Council (MRC).
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Maceió sediará, de 21 a 24 de agosto, o 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Neste ano, o evento, que será no Centro de Convenções da capital alagoana, traz o tema “Doenças urbanas e mundiais” e abordará questões relacionados ao zika vírus, doença de Chagas, leishmaniose, malária e outras doenças tropicais.
No dia 22.08, os pesquisadores do Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG) Celina Turchi, Ricardo Ximenes e Demócrito Miranda irão participar de uma mesa redonda sobre epidemiologia com foco no zika vírus. Os especialistas irão apresentar o estudo de caso-controle, de coorte de grávidas com exantema e de coorte de recém-nascidos, rabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo Grupo. O debate será no Teatro Gustavo Leite e terá como coordenador da mesa o pesquisador Rodrigo Stabeli, da Fiocruz Rondônia.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, o Congresso busca estimular o “intercâmbio com pesquisadores nacionais e internacionais e parcerias com órgãos públicos e privados, gerando recomendações que possam contribuir para o aprimoramento da formação de profissionais de saúde e da atenção à saúde, em seus diferentes níveis, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com responsabilidade social e compromisso com a cidadania”.
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O coordenador da Unidade Técnica de Doenças Transmissíveis e Análise da Situação de Saúde da Organização Pan-americana da Saúde (Opas Brasil), Enrique Vazquez, esteve no Recife participando de reunião junto com os pesquisadores do Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microceflia (MERG), na sede do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM / Fiocruz PE). Durante o encontro, ocorrido no último dia 7.07.16, o pesquisador Rafael Dhalia apresentou os resultados laboratoriais para zika de casos e controles, segundo os métodos utilizados.
Com o projeto apoiado pela Opas já na fase II, na ocasião, foi analisada a implantação do componente retrospectivo. Considerou-se a importância de continuar o prospectivo para verificar/registrar uma nova onda da epidemia de zika congênita e de mudança no padrão clínico e de imagem dos casos. Foi discutido o plano de análise com possibilidade de inclusão de novos elementos no estudo caso controle.
Estavam presentes na reunião os pesquisadores Celina Turchi Martelli, Sinval Brandão, Marly Tenório, Rafael Dhalia, Wayner Vieira, Maria de Fátima Militão de Albuquerque, Priscila Castanha e Cynthia Braga do CPqAM / Fiocruz PE; Laura Rodrigues, da London School; Ricardo Ximenes, Thalia Barreto e Ana Paula Melo ,da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Demócrito Miranda, da Universidade de Pernambuco (UPE); e Carmen Dhalia, da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES/PE).
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A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) atualizou nesta quinta-feira (21) a caracterização preliminar da Síndrome Congênita do Zika, após uma reunião internacional, em Pernambuco. O evento juntou cientistas do Brasil, da Colômbia, da Argentina, dos Estados Unidos, da OPAS e da OMS para investigar os detalhes da infecção pelo vírus zika e seus efeitos sobre a criança.
A atualização busca contribuir para a melhoria do atendimento realizado em serviços de saúde das regiões afetadas. A OPAS/OMS está liderando o processo de agrupamento e revisão de mais evidências para definir claramente esses efeitos e atualizará sua descrição assim que mais evidências forem produzidas.
Além de sinais conhecidos anteriormente, como microcefalia e distúrbios no cérebro descritos previamente, foram identificados outros aspectos que caracterizam a Síndrome Congênita do Zika – relacionados a achados clínicos, laboratoriais/imagens, de desenvolvimento psicomotor e físicos.
Essas características englobam condições clínicas e achados de neuroimagem principalmente relacionados com o sistema nervoso central, como a epilepsia, deficiências auditivas e visuais, e desenvolvimento psicomotor, bem como os efeitos sobre os ossos e articulações, ou o sistema osteoarticular. Essas condições foram caracterizadas e analisadas em termos de frequência e gravidade nos períodos pré-natal, neonatal (de 0 a 28 dias) e primeiro ano de vida da criança.
Os cientistas analisaram revisões sistemáticas de dados sobre zika e compartilharam experiências do Brasil e da Colômbia. Eles receberam uma visão geral da situação epidemiológica, apresentada pelo Gerente de Incidentes da OPAS para Zika, Sylvain Aldighieri, e visitaram instituições de saúde no Recife que atendem crianças com microcefalia e outras condições associadas com a infecção pelo vírus zika.
De acordo com os especialistas, “a gama de distúrbios observados e do nexo causal provável com infecção pelo vírus zika sugerem a presença de uma nova síndrome congênita. A OMS pôs em prática um processo para definir o espectro da síndrome. O processo foca em mapeamento e análise das manifestações clínicas englobando os distúrbios neurológicos, auditivos, visuais e outros, além de descobertas relacionadas a neuroimagem”.
As informações sobre as complicações decorrentes da infecção pelo vírus zika ainda é limitada, e os cientistas planejam compartilhar dados sobre diagnóstico, descrição, consequências, processos físicos e análise de evidências de clínicos e pesquisadores a respeito das principais descobertas que fizeram até o momento.
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A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) produziu vídeo sobre a mudança de padrão de microcefalia no Brasil, com foco no Recife, capital pernambucana. No material, a pesquisadora Celina Turchi, do Grupo de Pesquisa da Microcefalia (MERG), explica sobre o tema e as atividades que estão sendo realizadas pelo grupo. Para assistir o vídeo, basta clicar AQUI.