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Para reforçar as ações e políticas de enfrentamento do zika vírus, o Ministério da Saúde criou a Rede Nacional de Especialistas em zika e doenças correlatas (Renezika). A ideia é reunir especialistas nessas doenças para formular e discutir pesquisas para combater o mosquito Aedes aegypti, que é vetor do zika, da dengue e da febre chikungunya. A criação do grupo foi publicada no Diário Oficial da União.
Além de gestores da saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil, o Renezika também será formado por uma secretaria executiva, composta por técnicos das secretarias do Ministério da Saúde. A secretaria será responsável pela proposição de eixos de ações prioritárias para o debate, sistematização das informações relativas às atividades do grupo e busca de fontes de financiamento para o desenvolvimento de suas ações.
A rede ainda contribuirá na elaboração de documentos e protocolos que envolvam o zika vírus e outras doenças relacionadas.
Pesquisas
O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal. A previsão do Ministério da Saúde é investir um total R$ 258 milhões em pesquisas e no desenvolvimento de vacinas, soros e testes diagnósticos nos próximos quatro anos.
Uma nova tecnologia que está em desenvolvimento é a vacina contra o zika vírus, resultado da parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, e a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos. A nova vacina estará disponível para os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) em novembro. A vacina deverá ser administrada em dose única e utilizará o zika vírus atenuado. Inicialmente, o público-alvo da imunização serão mulheres em idade fértil.
Também estão previstos recursos dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Haverá ainda mais R$ 550 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para o desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias relacionadas.
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Os debates e trocas de experiências sobre o zika vírus e suas implicações na saúde continuam sendo mote de eventos pelo país. No dia 16 de junho, em Belém (PA), o XXVIII Congresso Brasileiro de Genética Médica terá uma mesa redonda sobre zika e microcefalia. Já no dia 6 de julho, em São Paulo, ocorre o Simpósio de Emergências em Saúde Pública no Estado de São Paulo, que também traz o tema como foco principal das atividades.
Em ambos os eventos, a médica epidemiologista Celina Turchi fará explanação sobre a relação do zika vírus com os casos de microcefalia. A pesquisadora encabeça o Grupo de Pesquisa da Microcefalia (MERG), grupo interinstitucional formado por pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, coordenados pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM / Fiocruz PE). No grupo, quatro eixos de pesquisa estão sendo desenvolvidos sobre a malformação em crianças, gestantes com exantemas e quadros neurológicos provocados pelo zika.
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Uma equipe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estará no Recife na próxima quinta-feira (26.05) para discutir as ações que estão sendo desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz PE) em resposta ao vírus zika. Os profissionais serão recebidos por pesquisadores do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (MERG), que irão apresentar os dados epidemiológicos atuais e mostrar os eixos de pesquisas que estão em curso na instituição.
De acordo com o Unicef, o objetivo da missão é conhecer o que está sendo feito em relação à atenção integral às crianças com microcefalia e suas famílias ou cuidadores, com o intuito de sistematizar um marco estratégico de ação em nível global do Unicef. A visita foi organizada pelo Unicef Brasil juntamente com o escritório regional do Panamá.
Participantes da missão: Koenraad Vanormelingen, Global Advisor Zika prevention and preparedness; Margaret Douglas, especialista em Comunicação para o Desenvolvimento; Maria José Douglas, especialista em Monitoramento e Avaliação; Cristina Albuquerque, coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil; oficiais de Comunicação e de Monitoramento e Avaliação do Unicef Brasil e representante do escritório do Recife.
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As pesquisas sobre o zika ganham mais um reforço com a aliança internacional realizada entre a Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil. O objetivo é incentivar os pesquisadores no desenvolvimento de estudos para entender mais sobre a infecção causada pelo zika vírus e as suas implicações na saúde pública.
Inicialmente, serão investidos US$ 200 mil nas pesquisas. A expectativa é que mais US$ 800 mil também ajudem nos esforços. A verba será para projetos de investigação, conferências e viagens para coordenar a investigação e assistência às pessoas atingidas pelo zika, além da participação em conferência relacionada ao tema. Mais informações podem ser obtidas no www.CuraZika.pitt.edu ou no anexo abaixo.
A parceria entre as instituições foi intitulada de Cura Zika, que também deu nome ao simpósio realizado nos Estados Unidos no início de maio deste ano. O evento contou com a participação do Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia, grupo intersetorial de pesquisa sobre a relação do vírus zika com a microcefalia.
O vírus zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e tem relação com a ocorrência da microcefalia e distúrbios neurológicos, como a Síndrome de Guillain-Barré.
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O Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (MERG) recebe, entre os dias 16 e 17 de maio, no Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz-PE), pesquisadora da Universidade de Oxford, do Reino Unido, para trocar experiências sobre os trabalhos em curso sobre o zika vírus e os casos de microcefalia registrados em Pernambuco. Catherine Shang é gerente de projeto científico ligada ao Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Oxford.
Durante os dois dias de estada no Recife, os pesquisadores irão apresentar à convidada os dados relativos aos casos de zika e de microcefalia registrados em Pernambuco e sobre os eixos de pesquisa do MERG: coorte de gestantes com extantema, coorte clínica de crianças com microcefalia, investigação dos casos de microcefalia (caso-controle), e investigação sobre as alterações neurológicas relacionadas ao zika. A expectativa é que também sejam visitados serviços de saúde que realizam atendimento de crianças com a malformação.