Autores: Geraldo Eduardo Guedes de Brito, Antonio da Cruz Gouveia Mendes,
Pedro Miguel dos Santos Neto, Danyelle Nóbrega de Farias
Ano de Publicação: 2016
Resumo:
O estudo objetivou caracterizar trabalhadores de nível superior da Estratégia Saúde da Família (ESF) e seu trabalho
em uma capital do Brasil, por meio de um estudo transversal, com uma amostra aleatória de 342 cirurgiões-dentistas
(n=118), enfermeiros (n=127) e médicos (n=97). Os dados foram coletados por meio de um questionário autoaplicado.
Para apresentação dos resultados, foi utilizada a estatística descritiva e inferencial. A maior parte da amostra
(83,3%) foi de mulheres, com média de idade de 45,8 anos (dp=13,6) e de 20,4 anos de formação (dp= 13,3).
Dos entrevistados, 77,2% cursaram especialização e 9,7%, residência. Mais da metade dos enfermeiros e cirurgiões-
-dentistas estavam na mesma Equipe Saúde da Família (EqSF) há pelo menos 3 anos, enquanto os médicos estavam
por períodos inferiores, atuando na fase inicial e tardia da carreira. Contratos temporários foram declarados
por 81,4% dos médicos, 70,3% dos cirurgiões-dentistas e 43,3% dos enfermeiros. Dedicavam-se exclusivamente à
ESF 81,9% dos enfermeiros, 64,4% dos cirurgiões-dentistas e 55,7% dos médicos. Os entrevistados ofereciam
uma média de 75,6 consultas individuais (dp=43,4) e 1,3 atividades de grupo por semana. Dedicavam um percentual
médio de seu tempo semanal de trabalho de 60,0% para o acompanhamento de grupos específicos e 32,5%
com atividades de prevenção e promoção da saúde. Médicos realizavam mais consultas individuais e participavam
de um número menor de atividades de grupo. Cirurgiões-dentistas orientavam a organização de seus atendimentos
pela demanda espontânea e enfermeiros, pelo atendimento a grupos específicos. Os resultados deste estudo apontaram
similaridades e especificidades dos trabalhadores investigados, além de traços de práticas típicas das categorias
profissionais.