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Pesquisadores do Chile, Espanha, Colômbia, Uruguai e Brasil estiveram em El Salvador no início de março participando de missão internacional da Organização Pan-americana da Saúde (Opas/OMS) com o objetivo de trocar experiências sobre as ações de controle do vírus zika no país. O grupo multidisciplinar de especialistas participou de reunião técnica do Ministério da Saúde de El Salvador, visitou hospitais e laboratórios e foi a áreas onde foram registrados casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Do Brasil, participou a pesquisadora Cynthia Braga, do Departamento de Parasitologia do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE) e integrante do Grupo de Pesquisa de Epidemia de Microcefalia (MERG), grupo interinstitucional formado por pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, coordenados pela Fiocruz/PE.

A missão faz parte da estratégia da Opas para ampliar a capacidade dos países de enfrentar o zika vírus e tem sido intensificada desde que a Organização Mundial de Saúde declarou os casos como de emergência em saúde pública com importância internacional. Essa declaração foi feita após a epidemia brasileira e as suspeitas da relação do vírus com os casos de microcefalia e outras associações com quadros neurológicos.

Durante o encontro, foi apresentada a experiência brasileira no manejo dos casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré e trocadas informações sobre os protocolos de atendimentos dos pacientes. Desde os primeiros casos de transmissão do zika confirmados no Brasil, em maio de 2015, até o início de maio deste ano, 31 países e territórios das Américas registraram a presença da doença. Em El Salvador foram mais de 9 mil, além de 138 de Guillain-Barré.

Além da pesquisadora Cynthia Braga, participaram da missão Ximena Aguilera, médica sanitarista chilena e coordenadora das atividades; Javier Pardo Moreno, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Rey Juan Carlos, da Espanha; Angélica María Rico Turca, virologista do Instituto Nacional de Saúde de Bogotá, da Colómbia; Patricia Santa Olalla, especialista espanhola em medicina familiar e comunitária e em saúde pública; e Rodolfo Gomez Ponce de León, assessor do Centro Latinoamericano de Perinatologia da Opas/OMS, com sede no Uruguai, além de representantes do Ministério da Saúde de El Salvador.

* Foto da Opas.